Em post anterior (acesse aqui) foram anotados alguns problemas que a ausência de cuidado com a pontuação podem ocasionar no sentido das frases. A redação científica, como todos sabem, deve ser pautada pela precisão e pela clareza. Muitas vezes o iniciando em pesquisa acha que escrever "bem" é escrever "bonito", de modo empolado e confuso: ledo engano. Outra vezes o jovem pesquisador, ciente da próprias deficiências, contrata um serviço especializado: excelente decisão. O grande problema é conseguir separar o joio do trigo em um cenário repleto de picaretas. A situação é assaz grave em função do jovem autor não ter muito parâmetro do que é ou não um bom texto, já que ele, por natureza, tende a ser inseguro quanto a isso.
Recebi, à pouco, um e-mail de uma suposta revisora. O texto de apresentação profissional, como diriam os mineiros, é "ruim demais da conta gente". Para evitar um possível processo por expor a verdade nua e crua omiti os dados que pudessem levar à identificação da "profissional". Eis o texto recebido:
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Quase joguei fora, depois ensaiei uma resposta e, por fim, resolvi externar minha "revisão" na mensagem abaixo:
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Não sou nenhuma Dad Squarisi e este blog deve estar cheio de falhas de revisão. A diferença é que aqui, dada a própria dinamicidade da ferramenta, os textos são postados sem revisão. O erros, quando identificados, são imediatamente corrigidos. Os artigos que submeto a periódicos e congressos, por outro lado, sempre passam por uma revisão, que não é a da Fulana de Tal e, dependendo da importância do veículo, custa bem mais que os absurdos R$ 5,00 por folha anunciados (uma monografia meia-boca de 50 páginas vai "demandar" R$ 250,00 para um serviço com a qualidade "De Tal"?).
Quando fui coordenador de editora universitária sempre me vali de bons revisores. Alguns bem indicados por outros professores e outros que tomavam a liberdade, como a Sra. De Tal, de se apresentarem por e-mail. A diferença é que todos eles tinham um "cartão de visita" eletrônico impecável. Ja tive também alunos de jogaram dinheiro fora com revisores picaretas e que me apresentaram trabalhos inaceitáveis. Nesses casos, para infelicidade de meus alunos, fui irredutível em exigir que outra revisão fosse realizada. Ou seja, o barato, quando o assunto é revisão, sai caro e, geralmente, mal-feito.
Moral da história: cheque bem a qualidade do serviço de seu revisor, a começar pelo texto de apresentação.
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