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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fábula da preservação digital

Copiado de "The signal: digital preservation", by Sara Allen
Outro dia, por indicação de meu amigo Miguel Angel Arellano, que é expert em preservação digital, conheci uma paródia da história da Byte de Neve adaptada aos conceitos da preservação digital. Em uma tradução livre a fábula "Branca de Neve e os sete formatos" começa mais ou menos assim:
"Era uma vez, em reino muito longínquo, uma linda princesa chamada Byte de Neve. Byte de Neve era uma criança maravilhosa que queria bem a todo mundo e era muito amada por todos que a conheciam, com exceção de uma pessoa. Seu pai, o rei, havia se casado novamente e, como sói ocorrer em contos de fada, sua madrasta era muito má. Na verdade ela era malvada por conta de uma feiticeira chama da Obsolescência, embora o rei desconhecesse tal fato. Ele não era um rei muito observador"
"Obsolescência não era apenas má, era também muito fútil. Estava obcecada em ser a mulher mais bela de todo o reino. Havia criado um smartphone enfeitiçado, com um "Magical Mirror App", que poderia contar-lhe quem era a mais bonita da terra."
"Um dia, Obsolescência consultou seu "Magical Mirror App e ..."
A história, de Tess Webre, ilustrada por Sara Allen, continua (em inglês) na página da Biblioteca do Congresso sobre preservação digital aqui.

A reflexão proposta aos leitores (alunos e não alunos) deste blog é pensar até que ponto o que fazemos, como pesquisadores de CI, e/ou como gestores de informação poderá ter garantido (ou não) um "... e viveram felizes para sempre"; um convite a se pensar em nossas práticas cotidianas que produzem, reproduzem, copiam, difundem e armazenam informações digitais.

Pensando de modo mais específico:
  • Os dados e informações que estou coletando/produzindo para a minha pesquisa estão seguros, para sempre, da feiticeira Obsolescência?
  • Os dados e informações que gestiono, profissionalmente, estão seguros, para sempre, da feiticeira Obsolescência?

Para responder a tais perguntas não basta ter conhecimento sobre os mecanismos (e armadilhas) da preservação digital, mas antes de mais nada, saber, com exatidão, que tipo de dados e informações você está se referindo e qual o comportamento (acesso, temporalidade) que se espera deles/para eles.

Em tempo: não tive agenda suficiente para terminar a tradução para o português. Se algum leitor competente quiser terminar a tarefa (nada árdua para quem conhece inglês) e contribuir com este Blog, o esforço será mais do que benvindo. A publicação da nova versão aqui, obviamente, trará os devidos créditos ao/à nobre colaborador/a  (a tradução pode me ser enviada por e-mail - apalopez@gmail.com - e/ou postada nos comments abaixo).

2 comentários:

  1. Desde o mestrado estudo sobre preservacao digital, e vejo que há algumas bruxas, como a da obsolescência, que nos assombram e assim continuarão, se não tomarmos atitudes práticas para preservar digitalmente os conteudos que produzimos e guardamos. Há poucos trabalhos práticos.

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  2. Os dados da minha pesquisa são seguros e as informações que gestiono, profissionalmente, são seguras, mas não será para sempre, pois além de ser uma característica natural da informação poder tornar-se obsoleta, dependerá da equipe de TI em deixar a documentação dos seus trabalhos realizados para que se possa dar sequencia a devida manutenção para a preservação digital.

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