A pergunta é muito simples: alguém tem dúvida de que o Brasil é candidatíssimo a ganhar a Copa do Mundo? Acredito que nem o mais fanático dos "hermanos" negará isso. Se perguntarmos quais as chances atuais de um Brasileiro ganhar um prêmio Nobel científico a resposta também será consensual, apesar de negativa. A questão de fundo não reside apenas nos "eternos" e "insolúveis" problemas estruturais da América Latina, mas também na ausência de uma mudança de postura intelectual, sobretudo na criação de amplas redes de produção científica compartilhada de qualidade, capazes de serem consolidadas aqui, na América Latina. Vivemos o "momento" do bicentenário da América, com as efemérides de 200 anos de independência mais ou menos próximas (Argentina e Chile em 2010, Paraguai e Uruguai em 2011, Brasil em 2022 etc.) e todos os países Latinoamericanos (uns mais do que os outros) apresentam problemas relacionados à pobreza, educação, segurança etc. Será que daqui a outros 200 continuaremos a nos preocupar com circo e pão, nos iludindo com os indicativos de produção científica, mas efetivamente, no geral, representando muito pouco na produção científica mundial? A mudança de atitude deveria já ter começado ontem, porém os resultados não serão imediatos.
O investimento e o estímulo à formação de jovens como novos cientistas é cada vez mais crucial. Na última semana, o prestigiado intelectual chileno Eduardo Devés, que lidera o movimento Internacional del Conocimiento, teve uma conversa aberta com os estudantes de iniciação científica da UnB (ver chamada aqui), além de outros interessados presentes, sobre o manifesto "Compromiso Intelectual", que busca atingir a ambiciosa meta de 10.000 assinaturas (já são mais de 8.200) e sobre o 3º Congresso Internacional da Internacional do Conhecimento, o "III Congreso Ciencias, tecnologías y culturas: diálogo entre las disciplinas del conocimiento. Mirando al futuro de américa latina y el caribe: hacia una Internacional del Conocimiento", previsto para ocorrer em Santiago do Chile em janeiro de 2013. Nesse congresso há um espaço privilegiado para participação discente, além, de simpósios de altíssimo nível sobre os mais variados temas. (Veja aqui, à guisa de exemplo, nota sobre um dos simpósios do Congreso).
Foram mais de 60 pessoas que assinaram a lista de presença, a maioria estudantes bastante interessados em ter uma vivencia universitária que vá além da sala de aula e que ultrapasse os limites do campus da UnB e as fronteiras do Brasil. Veja aqui as fotos do evento.
Conheça melhor aqui o manifesto completo "Compromiso Intelectual" e aponha sua assinatura aqui.
EM TEMPO: Assista aos vídeos da palestra, gentilmente gravados e disponibilizados pelo Centro de Referência Memória Viva, no Fórum EJA, aqui.
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