Ambiente virtual de debate metodológico em Ciência da Informação, pesquisa científica e produção social de conhecimento

terça-feira, 29 de junho de 2010

Atividades desta 5ªf

Nesta 5ª, dia 01/07 teremos duas atividades da disciplina de Metodologia:

  • Assistir a uma defesa de dissertação de mestrado, como atividade optativa. Ver convite aqui.
  • Participar (não é só assistir) à mesa redonda sobre um grupo de pesquisa, como atividade obrigatória, no horário normal de aula. Ver notícia aqui.

domingo, 27 de junho de 2010

Vídeo introdutório sobre metodologia de pesquisa


Apresentação da disciplina de Metodologia de Pesquisa para o curso de especialização em Gestão de Segurança da Informação e Comunicações - UnB. O áudio está ruim e o foco é para a turma que fará a disciplina à distância, porém algumas questões comuns a qualquer pesquisa científica são levantadas.  Alguns dos fluxogramas lá utilizados já foram postados aqui anterioremente:

quinta-feira, 24 de junho de 2010

APQP lança edital com prazo restrito

A Associação de Pesquisa dos Quelônios Portentosos lança edital para apresentação de projetos e a aula de hoje será dedicada ao mesmo. Para facilitar a atividade os pontos principais estão arrolados abaixo:

"A APQP torna pública a abertura do Edital de Seleção de Projetos de Pesquisas sobre Quelônios Portentosos, de acordo com as diretrizes seguintes:
1. Os projetos são restritos à Àrea das Ciências da Informação.
2. Deverão ser elaborados por grupos de profissionais da área, renomados e notoriamente competentes.
3. Os projetos deverão ter, no máximo, uma página manuscrita.
4. Os projetos serão apresentados em sessão pública e avaliados, na mesma sessão, pelo Consultor Plenipotenciário Internacional da APQP Professor Doutor André Porto Ancona Lopez.
5. Os projetos selecionados nesta fase serão submetidos à aprovação do Consultor Plenipotenciário Internacional Sênior da APQP Professor Doutor Eduardo Augusto  Tomanik.
6. O melhor Projeto receberá financiamento pleno da APQP, sem limite de verbas.
7. O prazo de entrega dos Projetos se esgota no dia 24 de junho de 2010 às 15:54min.
Maiores detalhes podem ser obtidos na url: 

Acesse aqui o extrato do último edital.

Acesse aqui relatório final do projeto comtemplado em 2009.

Acesse nos links abaixo as conclusões de projetos mais antigos:

quarta-feira, 23 de junho de 2010

E-book sobre produção intelectual



Dentro da perspectiva de livre acesso cujo intuito básico é a democratização da informação para o maior número de pessoas, a Universidade Estadual de Londrina, acaba de disponibilizar aqui e-book  Produção intelectual no ambiente acadêmico.

A obra é composta por seis capítulos que estão distribuídos em duas seções. 
A primeira, intitulada “Reflexões acerca da produção intelectual no ambiente acadêmico”, concentra os capítulos 1, 2 e 3 de autores convidados e articula-se em discussões que permeiam o fazer científico. Os três capítulos iniciais discutem, respectivamente, aspectos relacionados à ética na pesquisa nas relações entre pesquisadores e gestores, questões terminológicas e conceituais que perpassam as categorizações do que
sejam produções intelectuais, científicas ou acadêmicas, e, a busca pelo consenso quanto a um sistema de avaliação do conhecimento produzido no ambiente acadêmico.

A segunda seção denomina-se “Cenários da produção intelectual na Universidade Estadual de Londrina”, representada pelos capítulos 4, 5 e 6, em que são apresentados resultados de pesquisas desenvolvidas conjuntamente por docentes e discentes do Departamento de Ciência da Informação da UEL, como parte do projeto “Gestão da Produção Intelectual da UEL”. Projeto este iniciado em 2007 e que buscou, dentre outras metas, levantar e diagnosticar a produção de conhecimento em algumas áreas da instituição, expressa em diferentes fontes e canais de informação.

CURTY, Renata Gonçalves (org). Produção intelectual no ambiente acadêmico. Londrina: UEL, 2010. ISBN 978-85-7846-072-3, disponível em: http://www.uel.br/pos/mestradoinformacao/pages/e-book.php.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Bolsa para participação em evento

O Grupo CopySouth está oferecendo bolsas integrais para inscrição de alunos de graduação e desempregados para o 3º Workshop CopySouth - Conferência Internacional sobre Direito Autoral. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e enviar por e-mail, solicitando no corpo da mensagem sua bolsa para inscrição gratuita e aguardar a confirmação do aceite.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Workshop sobre direito autoral



            O Grupo de Pesquisa CopySouth (GPCS) convida você a assistir e participar dos debates promovidos nos três dias de sua Conferência Internacional sobre Direito Autoral, a ser realizada no Rio de Janeiro, Brasil, no final de junho.
            O momento é importante para discutir essas questões. Os pressupostos antiquados das leis e da ideologia do direito autoral estão novamente sendo questionados em todo o mundo e novos conflitos estão acontecendo. No Brasil, por exemplo, mais de 500 músicos, escritores, acadêmicos e outros profissionais assinaram uma carta aberta no final de maio, pedindo que o governo reforme as leis de direito autoral para que os usuários possam ter mais acesso à música e aos livros. Ao mesmo tempo, a campanha bem-financiada contra a chamada “pirataria” se tornou ainda mais habitual e ameaça a todos, exceto as grandes corporações. Embora três dos países mais importantes do Hemisfério Sul – China, Índia e Brasil – nem sequer tenham sido convidados para as negociações, um novo tratado anti-pirataria chamado ACTA (Acordo Comercial Anti-Contrafação) está prestes a ser assinado pelos países ricos da América do Norte e da Europa, assim como pelo Japão e por alguns países menores.
            Enquanto nos reunimos, uma lista de perguntas antigas e complexas exige novas respostas. Será que a maioria dos músicos se beneficia do sistema de direito autoral e do modo como a indústria da música está organizada atualmente? Como podemos promover um acesso bem mais amplo do que existe hoje a materiais educacionais nos países da América do Sul, África e Ásia? E por falar em acesso e compartilhamento, por que tantas idéias e tantos produtos culturais fluem do Norte para o Sul e tão poucos fluem na outra direção? Será que podemos justificar a atual lógica econômica do sistema global de direito autoral? E quais são as alternativas viáveis para o sistema atual?
            Para abordar estas questões e muitas outras, o GPCS reuniu um grupo de importantes investigadores, músicos e ativistas de todo o mundo para vir ao Rio de Janeiro apresentar suas ideias em sete painéis. Os palestrantes são do Brasil (7), Chile (1), Bolívia (1), Cuba (2), Estados Unidos (3), África do Sul (2), Gana (1), Filipinas (2), Suíça (1) e Reino Unido (2).
            Esperamos debates abertos, onde algumas opiniões fortes se façam ouvir. Assim, estendemos nosso convite a todas as pessoas interessadas nestas questões, como estudantes, bibliotecários, professores, pesquisadores, músicos e ativistas compareçam ao evento.
            Haverá tradução simultânea entre inglês, espanhol e português.
            Esperamos encontrá-los no Rio em 28 de junho.
            Grupo de Pesquisa CopySouth, maio de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Formulando uma pergunta de partida


O desenvolvimento de uma pesquisa de cunho científico resulta de uma vontade de conhecer algo. Tal vontade, porém, não se limita a uma simples curiosidade. Deve ser sistematizada e seguir rigorosos procedimentos. A pesquisa em ciência não pode ser limitada à busca de uma solução técnica para um problema. O foco principal reside na tentativa de melhor entender o problema, bem como de compreender os motivos do sucesso (ou do fracasso, se for o caso) da hipótese testada. O primeiro passo, então, é o estabelecimento de uma problemática que traduza, de modo adequado, essa curiosidade inicial.
Sugestão de atividade
1. Proponha uma pergunta “ingênua”.
2. Identifique o tema ligado a essa pergunta.
3. Colete informações básicas sobre esse tema (nessa fase de aproximação, não há muito rigor quanto às fontes de tais informações, isto é: wikis e outras fontes não-científicas servem, apenas nesse momento, para familiarizar o pesquisador iniciante com o tema).
4. Separe algumas indicações bibliográficas pertinentes ao seu tema (agora a literatura informal não vale mais). O ideal é que você busque materiais mais recentes em diferentes tipos de publicação (livros, revistas e teses). Provavelmente, você não encontrará nada que dê conta especificamente de seu problema. Não se preocupe e lembre-se de que você ainda está coligindo informações sobre o tema.
5. Após fazer um primeiro olhar nesse material, tente transformar sua “pergunta ingênua” em uma “pergunta de partida”.
O fluxograma abaixo visa esquematizar o processo:


Brasília: UnB: Gestão de Segurança da Informação e Comunicações, 2010;p.10.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Bases conceituais e empíricas

Copiado de New Press Release´s
O foco da aula do dia 17/06 será a discussão sobre as bases conceituais e empíricas, tendo como contraponto o doutoramento de Roberto Miranda (baixe aqui). A discussão sobre as bases conceituais abrange o importante tópico da revisão de literatura, atividade fundamental, muitas vezes feita de modo automático e desvinculado da pesquisa, infelizmente. Qual é o seu "tipo" predileto para a revisão bibliográfica? Leia aqui o excelente artigo de Alda Alves sobre o tema.

Eduardo Tomanik e o que é ciência


Hoje o grupo de seminário abordou as discussões teóricas dos dois primeiros capítulos do livro "O olhar no espelho", de Eduardo Tomanik com a tese de doutoramento de Paulo Elian (baixe aqui). A proposta, bem executada, foi articular as definições dadas pelo material teórico com o desenvolvimento da pesquisa de Paulo Elian.

Algumas outras questões são colocadas pelo "O olhar no espelho", livro sempre instigante, que tem suscitado dúvidas nas pesquisas em fase de formulação, como pode ser visto no blog "Gestão e uso da informação" (ver post aqui).  Para ampliar o debate, sugerimos que cada pesquisador reflita sobre os tópicos abaixo, extraídos do livro do Tomanik, tendo como contraponto de discussão o próprio projeto:

CAP 1 - O que é ciência?
1.1. Ciência: Constantes transformações - identificar na proposta:      
a) possibilidades de mudança da realidade;          
b) possibilidades de novos campos em relação ao avanço científico da área;              
c) possibilidades de críticas;       
d) pertinência da proposta em relação às modificações da sociedade.
1.2. Objeto: necessidade de definição - identificar na proposta:           
a) qual é o objeto (tema) principal e quais áreas do saber estão relacionadas?           
b) idem objetos derivados.
1.3. Método: importância a do método para elaboração de novos conhecimentos e vice-versa - identificar na proposta::
a) possibilidades de elaboração de novos conhecimentos.
1.4. Objetivos/Razões: foco nos objetivos gerais, os motivos para se realizar tal pesquisa - identificar na proposta:             
a) grandes objetivos que pretende atingir;              
b) principais motivos para realizar a pesquisa;      
c) limites entre o que se quer e o que será feito.
1.5. Dificuldades: nem tudo são rosas, trabalho árduo, com mais fracassos que sucessos - identificar na proposta:             
a) principais entraves;   
b) possibilidades de fracasso;    
c) competências a serem adquiridas.

CAP 2 - Impressões equivocadas
2.1. Metodologia como conjunto de regras de apresentação: analisar na proposta:       
a) o papel que a metodologia terá para a formação de novos conhecimentos.
2.2. Metodologia como conjunto de regras de execução: analisar na proposta:               
a) o papel que a metodologia terá para a formação de novos conhecimentos.
2.3. Ciência com atividade obscura: analisar na proposta:     
a) em que medida não é um trabalho de “cientista maluco”, isolado do mundo, ou restrito ao resto da comunidade científica envolvida com os objetos de 1.2?
2.4. Ciência como atividade acadêmica: analisar na proposta:             
a) em que medida não é um trabalho cuja alcance não vai além da comunidade acadêmica envolvida com os objetos de 1.2.?
2.5. Ciência como atividade que domina a realidade: analisar na proposta:     
a) em que medida os métodos (1.3)  e objetivos (1.4) propostos pretendem “controlar” o mundo.
2.6. Ciência como portadora/construtora de verdades: analisar na proposta:   
a) em que medida os métodos (1.3) propostos pressupõem o estabelecimento de verdade prévias;     
b) em que medida os métodos (1.3) e objetivos (1.4) propostos buscam o estabelecimento de verdades.
2.7. Ciência como atividade neutra: analisar na proposta:     
a) o impacto político da proposta


A lista acima não é um questionário. Representa apenas um rol de possíveis pontos de reflexão a serem, eventualmente, desenvolvidos (ou não) pelos interessados, sob as mais diversas formas: comentário neste post, elaboração de paper, elaboração de postagem no próprio blog, excerto da reflexão teórica da própria pesquisa etc.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Debate sobre blog como instrumento de ensino

Que tal trocar seu almoço do dia 9/junho (4ªf) por um bate-papo sobre blogs, ensino, o universo e tudo mais? Veja detalhes aqui. Afinal, a ciência e o saber alimentam a alma.

sábado, 5 de junho de 2010

Intercâmbio metodológico na blogosfera


O blog de Metodologia CI iniciou intercâmbio com o blog Posgraduando.com colaborando em post relativo à elaboração de resenhas (veja aqui). É um blog bem mais organizado do que o nosso, com muitas dicas e piadinhas excelentes sobre pesquisa em pós-graduação. Tal humor só é superado pela atual política governamental de C&T. 




Júlio de Souza*


Algumas coisas na pós-graduação parecem funcionar como conhecimento indígena: são passadas apenas oralmente. O preenchimento do currículo Lattes, por exemplo. Ou você conhece alguém que sabe ou vai ficar com a dúvida.

Nesse sentido, o blog www.posgraduando.com tenta preencher essa lacuna, oferecendo dicas de sites, guias de como realizar as principais atividades da pós-graduação, sugestões de softwares estatísticos, histórias do cotidiano acadêmico, bem como a discussão de temas importantes.

O humor e a crítica também possuem espaço cativo no blog. Existem tantos pequenos absurdos que ocorrem na vida dos pós-graduandos e que, na maioria das vezes por serem corriqueiros, acabam desapercebidos. E não existe nada melhor que o humor e o senso crítico para evidenciar esses problemas e induzir a reflexão e o debate.

A política do blog é a de convocar e incentivar os pós-graduandos a colaborarem por meio do envio de textos (entre 500 a 700 palavras), resenhas críticas, guias, tutoriais, sugestões de temas, notícias, comentários, opiniões e histórias sobre a pós-graduação.

Sim, nós sabemos que a vida na pós-graduação é corrida, que existem os projetos, as aulas, os artigos e tudo mais. Mas existem por aí tantas experiências que poderiam ser compartilhadas e que seriam de grande auxílio aos seus colegas, sobretudo aos que estão ingressando agora.

Por um motivo assim tão nobre, vale a pena dedicar-se alguns minutos, não?


* Engenheiro agrícola, editor e blogmaster do 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O papel do projeto de pesquisa na produção do conhecimento científico


O quadro abaixo visa representar um fluxo de produção do conhecimento científico. O projeto representa apenas a parte formal inicial de uma pesquisa de cunho científico. Ele é responsável por fazer a mediação entre o que o pesquisador quer saber e as informações que se pode construir a partir da realidade. Tais informações, devidamente sistematizadas, poderão dar origem a um novo conhecimento científico formal. Sem o Projeto, ou seja, sem a planificação de ações sistemáticas de prospecção de dados, o pesquisador não se diferenciaria de uma criança curiosa que busca entender um pouco mais sobre o mundo. O início do saber científico é a sistematização de uma dúvida e o seu aprimoramento na forma de Projeto.

Você já tem o seu projeto ou somente tem a cabeça cheia de dívidas?

Sugestão de atividade
  • Comente o fluxograma abaixo indicando, no seu caso:
a) quais as dúvidas;
b) qual a base empírica imaginada;
c) que ações imagina proceder com tal base empírica durante a pesquisa.

Fonte: LOPEZ, A. P. A. . Diretrizes para o desenvolvimento de projetos de cunho
científico
. Brasília: UnB: Gestão de Segurança da Informação e Comunicações, 2010;p.8.