Ambiente virtual de debate metodológico em Ciência da Informação, pesquisa científica e produção social de conhecimento

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Mesa 04 - ELAM : Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero

Os textos-base das debatedoras da mesa 04 (Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero) e o texto-conceito da sessão estão completos na página atualizada deste blog (veja aqui). 

Hoje pela manhã., O ELAM contou com a brilhante intervenção de Marina Silva que deixou a seguinte frase marcada na minha cabeça: "Devemos pensar na transferência de tecnologia e conhecimento e fazer como os Estados Unidos e a China que vêm discutindo compartilhamento de tecnologia e conhecimento entre eles mesmos, internalizam dentro deles." A transformação das atuais práticas quanto ao mundo e as pessoas passa também por uma nova forma de produção e compartilhamento do saber. O estabelecimento de novas relações de poder que abalem a hegemonia da produção e, sobretudo, disseminação do saber científico demanda o pelo estabelecimento de novas redes de compartilhamento, conforme propõe a Internacional del Conocimiento (ver post aqui), que impulsionou nossa proposta para o simpósio 14 no evento de 2013 no Chile (ver chamada aqui) . Não sei se no âmbito da academia a questão do gênero é tão relevante como no resto da sociedade, posto que a desproporção sexista no universo das carreiras universitárias regidas pela meritocracia não é tão visível (sem dúvida haveria ainda que considerar como a divisão sexista das outras atividades cotidianas dificulta o aprimoramento de carreiras científicas), porém de um modo ou de outro, a ampliação do saber feminino nas redes científicas só melhorará o processo. Afinal, qual é a proporção de homens e mulheres ganhadores de prêmios Nobel científicos? A questão de fundo é que a transformação do saber do mundo influi diretamente na qualidade de vida das pessoas e populações e que o rompimento com o atual modelo  de ciência (hierárquico, centralizador e dominante) somente será possível pela transformação (ou mutação, como quer Marina Silva) em algo mais dinâmico, participativo e colaborativo e, sobretudo, mais balanceado no que tange às relações de gênero.


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