Em 2010 um post deste blog sobre as sucessivas discussões relacionadas à URP e as greves dos anos anteriores utilizou como metáfora o título do famoso livro de Gabriel Garcia Marquez, o colombiano que já ganhou o prêmio Nobel de Literatura. O teor da postagem estava relacionado à questão de ausência de um projeto nacional estratégico para o Brasil que contemplasse a universidade pública como protagonista, cujo principal indício era (e ainda é) a caótica situação da remuneração docente. O tema da morte anunciada foi retomado no editorial do Correio Braziliense do último domingo na análise do quadro atual da greve das IFES.
Hoje, mais uma vez, a UnB começa a mergulhar, cada vez mais profundamente, em uma nova (nova?) greve com alcance verdadeiramente nacional e, por incrível que pareça, com uma manifestação explícita da grande imprensa local de que há falta de sensibilidade governamental e de que as reivindicações são mais do que justas: são fundamentais para que o país não abra mão das universidades federais, que são, na visão do Correio instituições "encarregadas de formar a elite nacional e de qualificar profissionais aptos a responder às necessidades do mercado de trabalho". São estratégicas, ainda de acordo com o jornal, já que "para sustentar o crescimento, o país tem de contar com cabeças pensantes e mão de obra sofisticada".
- Clique no recorte acima e leia o editorial em imagem ampliada.
- Veja aqui relação de posts anteriores sobre a UnB.
Apoio o movimento!
ResponderExcluirNão há conquista sem sacrifícios!
Se a falta de aulas e/ou perda das ferias é o preço que temos que temos que pagar por uma universidade melhor, tô dento!
Obrigado pelo apoio. O problema é que geralmente todos nós pagamos os preços destas greves, mas sempre com conquistas paliativas e mínimas. Ou seja: pagamos mas só recebemos uma parte...
ResponderExcluirQuem assinou a reportagem, professor?
ResponderExcluirDe qualquer forma, se não me engano a editora do Opinião é a Dad Squarisi. Sua vida jornalística sempre caminhou em paralelo com a educação (veja a iniciativa de criação do caderno Eu, Estudante e os manuais de redação, por exemplo), mas este "engajamento" político com a educação é bem recente. Fico feliz que isso esteja acontecendo.
E o Crônica de uma Morte Anunciada é uma pérola da literatura mundial. Vale a pena ser lembrada!
Sérgio,
ResponderExcluirComo é editorial, que assina é o próprio jornal, independente de quem seja a pessoa encarregada. Pessoalmente tenho muito apreço pelas opiniões da Dad Squarisi, que mesmo em uma simples "aula" de gramática sempre dá umas alfinetadas (com muita classe) no deplorável quadro educacional brasileiro.
graaande andré!! saudades!
ResponderExcluirBom vê-la virtualmente. Benvinda ao blog de metodologia CI, Daliana.
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