Ambiente virtual de debate metodológico em Ciência da Informação, pesquisa científica e produção social de conhecimento

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sobre a subjetividade científica

Copiado de Psicologia aplicada às organizações
Por Helda Pinheiro
(bibliotecária, aluna especial do PPGCINF/UnB)

Ao pesquisar para responder as questões do blog, cujo tema era " Existe Neutralidade e Impacialidade na Ciência?" (ver post aqui),encontrei esta pérola sobre Ciência, do Max Weber, que quero partilhar com vocês:
“O fim precípuo de nossa época, caracterizada pela racionalização, pela intelectualização e, principalmente, pelo 'desencantamento do mundo' levou os homens a banir da vida pública os valores supremos e mais sublimes. Esses valores encontram refúgio na transcendência da vida mística ou na fraternidade das relações diretas e recíprocas entre indivíduos isolados.”
(Max Weber. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2006).
Eis a minha opinião:
concordo com o Weber, pois entendo que por mais que a Ciência evolua o grande mal dela é estar apartada da espiritualidade, da "transcedência da vida mística", pois acredito que fazemos parte de um todo e não há como separar, a presença da unidade, interligada a tudo na existência, está sempre conosco. Ela é o que somos, infelizmente não temos consciência deste fato.

Por favor comentem também para que continuemos refletindo sobre a ciência e suas incertezas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A importância da linguagem em pesquisas científicas

Copiado de Help with Technical and Scientific Writing
Por Janaína Bezerra
(mestranda do PPGCINF-UnB

No decorrer da disciplina, quando utilizamos como base o texto de Tomanik (2004) foram realmente novas “conversas” sobre as pesquisas sociais, porém não é o meu objetivo aqui falar de todas essas novas descobertas e conversas, mas tão somente salientar a importância da linguagem em pesquisas sociais. A escolha dessa temática não se deve ao fato  desta ser mais ou menos importante que os demais temas estudados, pois acredito que o cientista ao elaborar uma pesquisa científica dever estar atento a todos os requisitos que envolvem a elaboração de uma pesquisa científica.
Um dos motivos pelos os quais escolhi essa temática se deve ao fato de que achei muito interessante a importância e o cuidado que devemos ter ao elaborar uma pesquisa científica para que se torne compreensível, claro e objetivo o que estamos falando, afinal de contas temos que ter em mente que a pesquisa não ficará restrita a nossa gaveta ou biblioteca particular, mas que ela será vista, criticada e discutida por nossos pares (comunidade científica) e demais interessados e, portanto,por isso ela deverá ser clara, compreensível e objetiva, não é mesmo? Mas como fazer isso?
Não pretendo aqui ser uma manual de primeiros socorros, mesmo porque estou longe de ser o médico, talvez, no máximo ,o indivíduo que a partir de algumas observações liga para o serviço de emergência. Então, vamos lá!
Uma das primeiras observações a partir do texto de Tomanik (2004) que me chamou a atenção foi “Nossa vida em sociedade depende fundamentalmente de nossa capacidade de produzir e enviar, receber e compreender mensagens das mais diversas naturezas” (TOMANIK, 2004, p. 116). Desde que nascemos estamos diariamente em um contínuo processo de compreender e ser compreendido, exercendo e nos aperfeiçoando na capacidade, se não arte, de comunicação de informações e mensagens e, com a pesquisa científica, não seria diferente, mas seria da mesma forma o processo de linguagem? Não, claro, isso pode parecer óbvio, não é mesmo? Mas como deve ser essa linguagem? Aí está o “pulo do gato” e Tomanik (2004) nos brinda com reflexões interessantíssimas o autor afirma que esta linguagem dever ser resultado de uma reflexão mais aprofundada sobre os termos que estamos utilizando e respeito da construção da frase e, ainda,  nos informa que esta dever ser “mais estável, mais fria e “disciplinada”, para garantir a qualidade de sua comunicação, normalmente baseada em informações mais claras e precisas do que as da comunicações cotidiana” (TOMANIK, 2004, p.116) ou seja, devemos evitar expressões e termos mais coloquiais, gírias e sermos mais objetivos, claros e organizados naquilo que pretendemos informar. 
Outro ponto a ser discutido, e, que, facilita a clareza e a objetividade da linguagem científica, é  sintetizar os conceitos, ou seja, devemos nos utilizar de conceitos que não tenham muitos significados ou que dêem margem  a muitas e diferentes interpretações. Clareza, objetividade e precisão, lembram?
Até aí tudo bem? Ótimo, porque tem mais pontos que precisam ser discutidos e, agora, vamos voltar nossa atenção para outro ponto interessante a ser discutido que são os juízos de valor muitas vezes empregados em textos científicos. Mas o que são conceitos, juízos e juízos de valor? Ora, se tentarmos definir o que é uma universidade, provavelmente, diremos que é um ambiente pluridisciplinar para a formação de profissionais de nível superior, etc. agora quando definimos o que é uma boa universidade já estamos emitindo um juízo, ou seja, “o juízo, portanto, é uma relação entre conceitos” (RUDIO, 1981 apud TOMANIK, 2004, p. 120) e ainda, segundo Tomanik (2004, p. 120)” o juízo é uma relação entre conceitos que exprime muito mais uma convicção de quem o emite, do que uma efetiva característica do fenômeno a que se refere” . Então, qual a importância saber o que é conceito e o que é juízo para a ciência? Ora, porque segundo o autor do texto estudado é:

“A tarefa da ciência, portanto, é muito mais de tentar tornar claro, sempre que possível o que é conceito e o que é, ou pode ser juízo, do que se propor a eliminar total e definitivamente, os juízos do seu discurso”. ( TOMANIK, 2004, p. 121)

Duas reflexões são importantes no momento de elaboração do texto científico: Para quem se escreve e para que se escreve? A partir das repostas a esses questionamentos fica mais fácil a identificação de nosso leitor, assim como a escolha dos termos e conceitos que serão utilizados, a estrutura (discurso) enfim a linguagem que será utilizada para que o texto fique claro, compreensível, objetivo e não se torne monótono ou confuso para a leitura.
Seguem algumas reflexões extraídas da leitura do texto de Tomanik (2004, p. 127-132) que deverão ser observadas no momento de elaboração do texto científico.

  • “Jamais escreva para você mesmo”
  • “A avaliação do texto deve ser feita por membros do grupo a qual ele se destina (...) o autor não é um bom crítico de sua obra”
  • “Tenho que ter certeza que conheço os termos que emprego, que as palavras que utilizo não são apenas enfeites, aparência de conhecimento”
  • “Tenho que ter um cuidado todo especial com a clareza das frases que elaboro, além de não utilizar conceitos que não domino, especialmente, entre aqueles próprios de minha área”
  • “(...) a mudança de uma palavra na definição de um conceito pode alterar substancialmente seu significado”
  • “ A preocupação com a clareza, porém, pode evitar a elaboração de textos pretensiosos e fúteis, em que a pobreza de conteúdo procura se ocultar sob a forma de um discurso rebuscado e hermético” 

             Escrever um texto científico é uma tarefa nada fácil, a melhor maneira de fazer é exercitando e pondo em prática. E então, vamos por em prática?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pesquisa sobre cidadania

Sempre com o intuito de colaborar para a reflexão sobre instrumentos de coleta de dados, este Blog, divulga mais uma pesquisa para ser analisada. Sugiro que a análise sobre instrumento seja feita nos "comments", somente após de abrir e preencher o questionário.
Boa sorte!

Copiado de Educação à Brasileira

Pesquisador da UnB investiga a relação do Cidadão com o Congresso Nacional.

O questionário elaborado pelo pesquisador Thiago Carneiro, aluno de Doutorado do Departamento de Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações da Universidade de Brasília, busca identificar como os cidadãos enxergam e interagem com o Congresso Nacional. As perguntas versam sobre questões da política que se refletem no nosso cotidiano, permitindo que o participante avalie a imagem da instituição e as oportunidades de que dispõe para transformá-la.


O participante não precisa se identificar. As respostas são tratadas de forma agrupada. Para responder à pesquisa, basta clicar no link Pesquisa: O Cidadão e o Congresso Nacional

Caso deseje conhecer os resultados da pesquisa, escreva para o pesquisador (lopescarneiro@unb.br), que você receberá uma mensagem quando os resultados ficarem prontos.